quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

00:16

Passei todos os dias da minha vida fugindo ser o que realmente sou. Inúmeras vezes desejei ser o total contrário do que minha essência pede: intensa, apaixonada, preocupada, regrada. São aspectos que me machucam, me limitam, me desesperam e me deixam assim: completamente sem chão, sem saber por onde começar as mudanças que tanto preciso.

Não é novidade alguma o quanto preciso saber dosar todas as coisas que sinto, tudo o que desejo. Não consigo acreditar em nada além do que realmente vejo. O divino é totalmente abstrato, não me chama atenção, não me traz nenhum tipo de conforto. Se não toco, se não sinto, se não recebo uma resposta, me desligo. Não acredito. Deixo de lado. Me desinteressa. Esnobo. Não quero respostas mal feitas. Quero o aqui e agora. O conforto na cabeça. A paz de espírito.

Tenho o sentimento mesquinho de inveja sobre todas aquelas pessoas que possuem pelo menos um pingo de equilíbrio em si, e que de alguma forma conseguem se expressar através de metáforas, algo que não fique tão explícito quanto faço. Me exponho, me deixo de lado, quero aprovações para todas as ações que faço. Preciso sempre me "encaixar". Do contrário...






Não há nada mais doloroso do que querer ser o contrário do que realmente se é.

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