sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

00:22

eu nunca gostei de estar no meio de muitas pessoas. digamos que eu nunca consegui ser o tipo de pessoa sociável, tudo é um motivo para críticas. não gosto muito de festas e reuniões, abomino qualquer tipo de relações como essas. mas isso vem mudando de acordo com o tempo, não só isso, mas muita, muita coisa vem mudando..

as coisas começaram a acontecer de verdade para mim logo no meu décimo oitavo ano de vida. e eu não tenho o direito de desabar, pois preciso de um controle. uma estrutura. uma condição. uma convicção. será? será que realmente preciso? ou o meu direito em dizer um fuck off para todos fora dilacerado em vista da minha idade? eu quero poder desabar. eu quero poder reeconstruir e entender. quero voltar ao começo, quero parar e olhar ao meu redor. ver o que posso. o que não posso. o que quero. o que não quero.


eu quero tudo. eu quero o mundo.
que ansiedade, céus.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

23:29

Sabe o que é estar cansada tanto fisicamente como psicologicamente? Pois bem. É como me sinto. Apesar de que, acredito eu, o meu psicológico esteja definitivamente influenciando essa minha sensação de cansaço físico. É, deve ser. Ou não. Não me lembro também qual foi a última vez em que consegui distinguir um sentimento ou uma sensação.

Aliás. Eu já consegui?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

11:25

I love when mom doesn't go to work. The house looks brighter and everything is right. I love when she makes my breakfast even if that's already lunch time. I know she will always look at me as a little child asking for protection and love. But I totally know that she wants me to grow up and understand that life is not so easy as I used to think, even if she wants to put me under her wings and protect me against all the people.

I just woke up feeling that anxiety. I looked around and all I could see was four walls telling me what to do. I went to the kitchen and I saw her using that colourful dress. I love when she uses dresses, she real looks as a mother. I went to the bathroom, looked at the mirror asking myself what is gonna happen today. I don't feel like going outside or hanging out with friends. But I don't wanna spend my whole time surfing on internet.

I should stop thinking.
God.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

13:52

I know I got to be strong.

Sometimes life will totally destroy ya. Your feelings, your dreams, your plans. Sometimes it sucks, sometimes it makes you feel the most beautiful person ever. Every little thing that happens will always happen for one reason: to make us grow up for real.

I don't even know what to say about what's happening to me because there are so many things at the same time, that I could not start. I feel a little lost, I feel a little sad, a little happy for passing on this and tryin' so hard to be strong. But sometimes I just want to lay on my bed and cry my heart out. Forget everything about the world, everything about people around me, but I know I'm not weak enough.

I should (I'm always saying what should I do or not, I know) do something against it all. Maybe fix things for a while, let the time talk for me. Or maybe just forget it all and search for new things. But people don't understand when you're totally right about something. When you want so hard to fight and fight for what you believe.

I wont give up.
I will never give up.

sábado, 9 de outubro de 2010

11

Cansei de tantos clichês, de tanta hipocrisia, de tanta falta de discernimento. Da falta de compaixão, da completa materialização do amor, da preservação do ódio e da completa extinção de toda a nossa natureza interna, que fora imposta como culpa, como vícios e como um erro. Estou cansada de todo esse grande mal da humanidade. Sinto falta do que realmente caracteriza-se o respeito que ha muito tempo fora dilacerado com as exageradas ações egocêntricas de cada um. Ambição é algo necessário, é o que nos move e o que faz o mundo girar. Egocêntrismo não é um mal, é uma característica. Mas quando não dosado, torna-se algo maléfico. Nem eu e nem você fazemos parte de tal mundo pois ambos sabemos que o mesmo é paradoxalmente composto pelo o que temos de pior, e o que fugimos, a todo custo, em ser.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

11:12

It's been six years and I still cry listening to Winning Days song. It's curious how this lyrics can perfectly get inside my head and makes me remember almost everything about my childhood.

I went to the psychologist yesterday. It was not so good as I thought but it was nice talking to someone you never meet before. Actually, I felt bad 'cause I totally know that if she could chose, she was not there talking to me, hearing my bullshit. Anyways, I'm thinking if I should back or not.

There are lots of things happening at the same time, and maybe that's the why I fuckin' prefer writing in english than in my mother tongue. I should stop thinking about all these things but they are just showing up each second. Mom's worried about me. I know she is. And I fuckin' know that there are lots of eyes and mouths talking and laughing about me, but I just don't give a shit. I totally know that I should stop blaming myself, get outside and press my fuckoff botton. But I just can't. Even if I try so hard to fix things, those moments will always makes me feel down. Yeah, those moments. I keep asking myself where the fuck are them, where the fuck are all those words and those dreams. Maybe they just disappeared. Maybe not. Or maybe they never happened for real.

I should metion what's happening. But how could I? There are so many things happening and I just can't separate. They are interconected. So fuckin' interconected. You probably will think "Okay, another teenager complaining about life" and that's exactly what you thought. Nobody will never know what really passes on people's mind. We will never understand why there are so many feelings inside us that make us feel better or not. You and me are never free until we're cast away.

And I will never understand why I still think about those moments.
I want them back.
I know they will never back.

That's when the troubles begin.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

00:31

Me perco tanto no meio de tantas mutações da minha própria existência que procuro sempre alguma válvula de escape para nunca esquecer o que fui e o que realmente sou. Uso meus antigos microblogs como essa válvula de escape. Em cada um deles há uma fase minha, em cada um deles encontro-me no meio de palavras e expressões (algumas tão engraçadas que me fazem espocar de rir) e em cada uma delas perco-me e retorno na mesma intensidade no momento em que aquilo fora escrito.

Eu tenho procurando um pouco de mim em cada livejournal e em cada microblog meu espalhado por essa internet a fora. Tenho bastante fragmentos. Eu sempre gostei muito de escrever, sempre gostei muito de contar sobre a minha rotina mesmo que eu não tenha tantos leitores. Até mesmo porque eu acho que escrevo só para mim, do contrário não escreveria as coisas que escrevo por aqui, enfim. Eu realmente não me importo se está tudo exposto ou não. Se faz bem para mim deixar tudo isso registrado, por que não?

Eu quero nunca esquecer quem um dia eu fui.
E também nunca deixar de contar o que realmente sou.
Assim eu construo a minha história.

Afinal.. "dentro de um ar de melancolia há sempre um orgulho completo em ser aquilo o que é!"

12:15

Have you ever felt so angry that you could easily kill someone? She never felt this before, but for now, this feeling is running into her veins. (and she doesn't even knew that it hurt so much).

Her anger is not about someone. It's about her. About how she can't be strong enough to support life's stuff. About how she can't be strong to support the pains of loving so much. She should stop blaming herself, she should stop loving and care about people. But she just can't. Even if she try this so hard, she will always be there: looking for some scape. For some solution or who knows for some miracle.

Her anger is not about the world. She doesn't even know it for real. It's about how people can be so selfish and evil. How much people try so hard to destroy others people's life. It's about how angry she gets when she see everything around her falling apart, when she can clearly see that things shouldn't be in that way. It's about when she see everyone fighting.

Y'know what is it about?
It's about when someone break your heart for the 1st time.
So many fuckin' feelings at the same fuckin' time.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

19:52

Dizem que quando não conseguimos expressar aquilo que nos dá tantos anseios, devemos tentar na escrita ou então de alguma forma. Acho que em qualquer outra forma eu não conseguiria a não ser na escrita. Esse pode ser talvez o motivo de eu ter esse blog ou então eu o tenha apenas para despejar aquele lixo mental diário. Acho que se eu dissesse o que realmente se passa em minha mente, afastaria todas as pessoas ao meu redor. Eu evito ao máximo em demonstrar o meu real estado emocional, mesmo que eu queira desabar diante de tal coisa. Mas evito. Evito sim, mas o sucesso nem sempre é garantido.

Essas semanas estão longas. Aliás, elas sempre foram. Não que isso seja uma coisa ruim, do contrário. Eu sempre gostei de ter um monte de coisas para fazer. É. Por incrível que pareça, é sempre bom sentir-se útil para alguma coisa. Mesmo que não seja algo tão legal como assistir aulas de matemática, física e química mas, mesmo assim, ainda tem a tal magia de estar ali! Desempenhando um papel que te cobram tanto como o papel do vestibulando. Lembro-me o quanto essa tal palavra me assustava logo quando entrei no ensino médio. v-e-s-t-i-b-u-l-a-n-d-o. Grrr.

Nada relevante.
Só me irrito por ver tantos espaços vazios e não saber o que escrever.
Quero a minha empolgação e minha criatividade de antes.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

11:59

É exatamente isso o que me faz continuar. Aquele velho sentimento de insatisfação, aquela minha velha contradição, a minha velha e tão familiar sensação de que nunca é demais. O demais é o de menos. O antes é o agora. Você e eu somos um.

E o ontem, ah, ele é o meu amanhã.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

19:34

Antigamente costumava tudo ser mais fácil. Acordar, ir para o colégio e concluir mais uma manhã ao lado daquelas pessoas. Era mais fácil também não se preocupar tanto com o futuro, com o amanhã. Mesmo sempre querendo demasiadamente o amanhã, ele sempre fora, obviamente, uma incógnita. Porém, uma incógnita mais do que esperada. E agora mais do que nunca ele chegou. O amanhã. Não o dia depois de hoje, mas o amanhã decisivo. A época que as escolhas terão de ser melhor escolhidas e efetuadas.

É, o décimo oitavo ano chegou.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Renasci.

Yea, yea, fiquei incomodada por ver ha quanto tempo não posto nada. Nem os meus fragmentos costumeiro tenho postado! Obviamente muita coisa tem acontecido para eu não estar escrevendo com a frequência que escrevia antes. Mas ando percebendo que muita coisa ainda tem de ser guardada e que eu não preciso necessariamente compartilhar com os outros a não ser comigo mesma. Mas, enfim, senti falta de digitar um pouquinho e de atualizar o blog. Já pensei em apaga-lo várias vezes, mas gosto de algumas coisas registradas aqui. Tem um pouco de mim, tem um pouco do que vivi nos últimos meses e o que ainda sinto. É, ainda.

Estou de férias. Ah. Um mês sem me preocupar com a condição louca de pré-vestibulando. Mas sei que agora vem tudo com toda a força. A cobrança, a persistência. Agora mais do que nunca tenho que me empenhar..

Tô escutando muita coisa brasileira. É, não que eu tenha deixado de lado os suecos ou os ingleses e outras nacionalidades a fora. Apenas sinto-me melhor escutando, hoje, algo que eu entenda sem ter que prestar bastante atenção. Sem contar no quanto a nossa música é linda, não?

É. Ficarei por aqui ao som de Zé Ramalho.

Ah, e só um fragmento:

Todas as pessoas deveriam amar e ser amadas. Reciprocidade é algo saudável. E mais uma vez eu penso como consegui tanto tempo fugir disso...

domingo, 27 de junho de 2010

15:35

Para mim admitir algo é um dos mais difíceis trabalhos em ser de fato um ser humano.

Odeio transparecer insegurança, medo. Odeio que percebam quando estou inquieta, quando minhas pernas começam a tremer com aquela velha amiga. Odeio quando estou errada. Nunca gostei de errar, nunca me permiti a isso. E demorei tanto para aprender que (...)para ser de fato um humano, eu tenha que aprender a errar e ainda por cima, aprender com meu deslize. Aliás, aprendi? Admito. Admito que não. Admito de forma convícta que eu sei de tudo isso e quando me vejo ali, pronta para colocar em prática, eu falho. Falho porque quero, porque ainda não aprendi.

Ansiedade. A velha amiga. Pior pensar o quanto desnecessária ela é. Não tem um porquê. Não tem uma razão. Ela simplesmente existiu, sempre esteve aqui.


Vamos lá, não deve ser tão difícil assim manter as coisas no lugar!
Preciso parar de pensar.
e de escutar Smashing Pumpkins também...

sábado, 12 de junho de 2010

02:55

Passar alguns dias sem escrever e retomar sem idéias para um post é algo que sempre fiz desde que entrei nesse mundo virtual. Já perdi a conta de quantos blogs ou livejournals fiz.

Muita coisa aconteceu. Muita coisa renasceu. E é interessante dizer que um pouco do vazio se foi. Sim, se foi. That unsatisfied feeling finally is gone. Apesar de que o mais interessante ainda é saber que fora de uma forma tão fácil, e que me faz pensar "Por que preciso necessariamente disso para que se apague, se feche, se bloqueie permanentemente esse vazio em mim?". Essa é mais uma das perguntas que tenho comigo. As perguntas para os porquês da vida, os porquês de fins tão simplórios com caminhos tão confusos.

O que posso dizer, hoje, aqui, agora é que o planeta terra e toda a sua galaxia é defintivamente, completamente e infinitamente movida por amor. E durante tanto tempo não sei como consegui ou pelo menos tentei fugir de tudo isso.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

15:27

Está tudo acontecendo tão rápido.
O novo, o desconhecido, o complexo e o subentendido.
O medo e a vontade, a minha velha amiga ansiedade.
Aqui,
agora.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

21:35

Gosto de ver minha mãe com roupas diferentes. É, aquele terninho básico me passa uma imagem muito triste. Gosto dela com aquele vestidinho colorido. Uma coisa bem mãe.

ô frio, não vá embora nunca, por favor?

terça-feira, 11 de maio de 2010

18:12

(...) e eu os vejo cometendo loucuras. Algumas delas em prol de um amor ou quem sabe de uma ilusão? Tenho as minhas vontades, algumas reprimidas, mas ultimamente só tem me vindo a cabeça a minha doce e segura razão.

Preciso libertar-me um pouco.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

19:02

Eu tenho medo. Sim, eu odeio admitir isso mas eu tenho medo de quase tudo. Medo em não conseguir atingir os meus sonhos e trazê-los para a realidade, medo em ter um futuro frustrante e insatisfatório, medo de cair na mesmisse e numa malancolia profunda, medo em não conseguir amar, medo em ser fraca. Medo em perder todo esse tempo sem coragem de tentar.

O porquê desse sentimento que me causa tanta angústia, eu realmente não sei. Talvez a idade ajude ou talevz não. Talvez eu tenha essa mania enorme em complicar tudo ao meu redor ou talvez não. Talvez eu queira viver de forma tão intensa e quando olho para o tempo correndo tão depressa naquele relógio, eu me sinta tão atrasada e insatisfeita ou então, eu talvez só tenha pensado no amanhã sem querer o meu hoje. O meu hoje é pequeno demais, curto e insignificante, eu quero sempre o amanhã. O depois. O a frente, o desconhecido.

Minhas necessidades humanas não são tão diferentes: eu quero amar demasiadamente assim como quero receber de volta, eu quero ver, sentir e tocar, assim como quero que tudo isso me veja, me toque e me sinta. Eu quero a reciprocidade, o mútuo e o sincero. Mas sei que falho, perco-me no meu querer que são perante o mundo, talvez, vícios e culpa. A minha moral racional transformou-se de vez nessas duas palavras e elas trazem consigo a minha angustia e opressão. Não quero que sejam virtudes ou deveres, quero que sejam apenas o que são:

partes completas de mim!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

03:036AM

Sexta-feira a noite e o que me resta apenas a fazer é escutar Death From Above 1979 (é, to evitando escutar Joy Division) juntamente com uma garrafa inteira de café. Se minha mãe descobre que estou bebendo café de novo, me esgana. Ela sabe que fico mais ansiosa do que já sou, mas não quero dormir tão cedo.

Faltei aula pela manhã porque eu precisava dormir. Se eu tivesse ido provavelmente teria dormido as três primeiras aulas, então achei mais produtivo ficar na minha cama do que ir para lá e parecer um zumbi sem entender uma só palavra do que os professores de exatas falam. Como se eu entendesse mesmo estando bem acordada..

Tô no forum do Vines conversando com uma australiana bem legalzinha sobre a diferença do sotaque australiano para o sotaque da Nova Zelândia. Mais random que isso só assistindo filme iraniano sobre garotas bulímicas que vomitam sangue.

post irrelevante.

Pô, eu quero mais café.

terça-feira, 4 de maio de 2010

18:13

Sinto-me inteiramente viva depois de uma tarde como essas! Pratico vôlei ha alguns anos, além de manter uma boa condição física, cuido da minha saúde mental também. Esporte é algo indispensável, indepentemente da idade. É algo que sempre me fez bem e sempre fará.

Isso me fez lembrar alguns anos atrás em Brasília, quando eu e minha irmã fazíamos aulas de ginástica olímpica, natação e xadrez no centro olímpico da UNB. A natação era a melhor parte, havia toda uma rotina até entrar na piscina: juntar com as amiguihas, ir ao vestiário, colocar o maiô e a toca para depois então sair correndo e pular na piscina! Os exercícios eram os melhores! A água sempre me fez muito bem, e acho que se eu voltasse a fazer iria me ajudar nessas dores que sinto nas mãos por conta da tendinite, enfim.

Na volta para casa (eu sempre esperava a minha mãe embaixo de uma árvore enquanto via os alunos da UNB entrarem e saírem, e sempre desejei muito essa vida "adulta" logo) lembro que na rádio sempre tocava uma música do Red Hot Chili Peppers que infelizmente o nome não me vem a cabeça agora. Hoje a escutei e me veio essas lembranças, esses sentimentos maravilhosos em saber que vivi tudo isso que me faz querer ter mais, mais e mais tempo para poder ter a chance de lembrar de coisas assim mais na frente.

Hoje eu queria ter pego a bicicleta e ido até aquele lugar. Mas na volta do ginásio para a casa, começou a chover e eu não pude ir.

Texto cheios de "quero", "lembro" e "sinto saudades"

Eu realmente não deixarei de ser a mesma nunca...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

domingo, 2 de maio de 2010

21:43

Eu tenho que parar de dar a desculpa em dizer que não estou inspirada em vir aqui e escrever. Nã só para isso, dar desculpas para tudo no que ando fazendo. Na verdade, quando o assunto é escrever, é preguiça. Não preguiça de digitar, e sim de organizar minhas idéias. Mais do que nunca a minha cabeça anda no limite, e eu estou quase explodindo.

A rotina anda piorando tudo. Além disso, existem coisas que estão em mim mas que obviamente não direi em um lugar aonde qualquer pessoa possa ler, e talvez até interpretar de uma maneira errada. Deixo isso para as folhas soltas dentro daquela caixa escondida no meu guarda-roupas que espero eu, não perder novamente em mais uma nova mudança.

Eu estou de saco cheio de tudo.
E do vazio principalmente.

terça-feira, 27 de abril de 2010

17:45







I cannot remember my own sanity.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sunset

Domingo, cinco horas da tarde. O calor insuportável, a vontade em sumir, aquele vazio por dentro e a nostalgia de sempre. Peguei a bicicleta, e mesmo que o caminho até lá fosse difícil com o sol no rosto, sentiu-se bem pedalando até o lugar. Óculos escuro para amenizar a luminosidade - aquilo cegava os olhos - e para tão pouco ter que olhar as pessoas ao redor. A música no mp3, dessa vez sem nenhuma playlist pronta, músicas aleatórias, nada de escolhas.

Chegar até o lugar, olhar para o céu, parar e sentar. O sol: apenas uma mancha que queimava os olhos e que depois de um tempo tornou-se um anel amarelo com as bordas alaranjadas. Nunca acreditara até então, que pudessemos perceber quando ele descia. É, ele desceu, se escondeu e o céu ficara com um azul incrível. A música trazia com toda aquela imagem um sentimento confortante, imenso, e junto com ele, a vontade em querer mais ter tudo isso!

O que posso dizer é que o mundo é lindo.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

22:55

Querer-te tanto e ter-te tão pouco.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

00:43

Eu preciso demasiadamente voltar aos meus 10 anos de idade.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Olá.

Não ando inspirada para praticamente nada.

Acabei de sair de um desastre na cozinha (o que já estava destinado desde o momento em que entrei nela, haha) e tive que jogar duas latas de leite condensado fora. Doeu fazer isso, tinha uma aparência bela, mas com gosto de queimado. Agora me responda, quem tem capacidade de queimar brigadeiro? (Ah, quase me esqueci de comentar, eu estava meio sonolenta).

Minha mãe está a quase duas semanas viajando e estamos sós em casa. Sinto falta dela por motivos óbvios, mas não serei hipocrita também: sinto falta da comodidade em tê-la aqui. É tudo mais fácil, até fazer um brigadeiro seria mais fácil, enfim.
No começo da semana passada fez um frio maravilhoso. Só não foi tão perfeito assim porque perdi as minhas luvas e estou indo para a escola de bicicleta (já que não tenho ninguém para me levar de carro) e minhas mãos estavam congelando. Antes eu reclamava do frio nas mãos, agora reclamo desse calor insuportável. Apesar de tudo, é bom descer, olhar a rua, sentir o vento no rosto, colocar o mp3 e fazer uma playlist desde Youth Group, Explosions in the sky a Joy Division.

Passei a semana inteira no colégio, entre os intervalos da aula e as provas vou para a biblioteca publica e estudo. É um bom lugar para estudar, não consigo fazer isso em casa, sempre tem alguma distração. Sem contar que encontrei livros maravilhosos lá, alguns eram até sobre a gramática grega. Vou fazer minha carteirinha o quanto antes e pegar todos os que eu puder, haha.

Parei de ler o Diário de Nina Lugovskaia. Não porque estava chato, do contrário, tá ficando cada dia melhor. O problema é que ando sem atenção a tudo, nem com os livros do meu colégio eu tô conseguindo me conciliar. Depois voltarei a lê-lo, se eu continuar será a mesma coisa de não ter lido nada. Olho aquelas letrinhas e perco-me no meio delas, no final das coisas não entendo nada.

Tô com uma puta vontade de comer brigadeiro mas nem isso eu consigo fazer.

Não mudei nada esses dias. As características da adolescente chata, emburrada e reclamona ainda continua.
(E o vazio também).

sábado, 10 de abril de 2010

04:25am

Que fique subentendido então.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

17:17

Eu realmente esperei muito por tudo isso. O vento gelado, as mãos congelando, os pés procurando abrigo entre os cobertores, a garganta acusando uma infecção, a ânsia em tomar café o tempo inteiro para manter o corpo aquecido, os pensamentos fluindo de uma maneira melhor na cabeça (que até então, naquele forno, não poderiam fazer o mesmo), a ânsia em querer mais e mais estar debaixo dos cobertores com apenas um filme ou música. Eu realmente esperei muito pelo frio.

Por diversas vezes já deixei escrito aqui o quanto o frio me agrada e o quanto o calor me estressa. Não consigo pensar direito, a ansiedade aumenta (não que no frio não ocorra o mesmo, ansiedade aliás é algo que vive na maior parte do tempo, esse é o porquê de eu estar agora mesmo tremendo as pernas) e eu mal consigo concentrar-me. Talvez seja psicológico, talvez não. O que sei é que me sinto melhor embaixo dos cobertores, ah e como me sinto.

Acabei de assistir I'm not there (Bob Dylan) e mais uma vez perdi-me em outra história um pouco parecida com a minha. Não que eu seja uma poeta ou então algum tipo de cantora, aliás, já tentei diversas vezes e nunca consegui compor nada além de alguns acordes no violão. The thing is: a contradição e as várias mutações que somos e sofremos de acordo com um certo ponto de nossas vidas. Me perdi em algumas partes, mas em cada uma delas encontrei-me também. É um belo filme, indico para todos. Principalmente no frio embaixo dos cobertores.

Ahh, quase me esqueço: café. Muito, muito café.

terça-feira, 6 de abril de 2010

19:03

E a velha conhecida pergunta volta mais uma vez.

Por que eles e não eu?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

20:21

Tô perdendo o desejo em comer ovos de páscoa. Não tenho mais vontade como 3 anos atrás. Tô crescendo e ficando rabugenta e tornando-me mais uma vez, aquilo que já comentei aqui e que mais temo: uma adolescente emburrada e reclamona.

Nunca, nunca pensei que deixaria de comer chocolate na páscoa como antes.

Quero meus 10 anos de volta, quero muito, muito mesmo.

sábado, 3 de abril de 2010

12:07

Eu não quero palavras jogadas ao vento
Não quero expectativas inversas
Não quero ter que pensar em um fim

Tão pouco ter que tira-lo de mim.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

22:44

Já perdi a conta de quantas vezes tentei fugir ser aquilo que sou. Rodo, tropeço, viro e reviro mas acabo voltando à mim. Volto com um impacto tão forte que acabo desejando demasiadamente começar tudo de novo.

É o meu eterno ciclo. O meu eterno e vicioso ciclo.
Fugir, voltar e tornar-me a furgir.

quarta-feira, 31 de março de 2010

+ The hardest thing around

Eu poderia dizer que era uma mentira, que tudo isso não passa de uma confusão e uma farsa. Talvez sim, talvez não. Procurar entre rostos e gestos, aquela velha certeza incerta de saber o que de fato sou e o que realmente quero.

Ai ai, adolescência maldita.

segunda-feira, 29 de março de 2010

+ Nostalgia.




"Quando temos apenas 10 anos a sua rua parece ser tudo que voce tem. Seus vizinhos, amigos familia, mas há muito mais lá fora que apenas casas."

O pior é pensar que eu não tenho mais dez anos e que também na porta de casa eu não tenho necessariamente tudo o que preciso.

sábado, 20 de março de 2010

+ Anna made the world turn blue.

"Please don't wake me, no
don't shake me
Leave me where I am
I'm only sleeping
".

Era o que Anna diria à sua mãe todas as vezes que a acordava para ir ao colégio. Era difícil pegar no sono, ele sempre vinha depois das 2 da manhã e ela precisava estar sempre disposta e acordada às 6 horas em ponto. Até a rotina matinal ser concluída, ela teria 30 minutos apenas para banho, o café e a escolha da roupa. Não que ela se importasse tanto com isso, diferentemente das suas amigas de sala de aula ela raramente aparecera com algo a mais no corpo: nada além do uniforme. Era o suficiente.

O café era algo indispensável. As olheiras acusavam a madrugada mal dormida, e ela precisava de um energético para a deixar em pé o dia inteiro. Além das aulas pela manhã, ela teria mais alguns trabalhos a tarde. Ela não era o tipo de aluna excepcional, e a matemática sempre fora o seu maior problema. Gostava de história, amava a geografia e achava a filosofia e sociologia duas matérias importantíssimas. "O que são números perto da complexidade da vida? Eu não me importo qual o número é o número atômico de um elemento, ou então qual a massa total do planeta. Eu quero sentir e entender as palavras de um livro, quero poder escrever a minha história e dizer no final que tudo isso é o que sempre quis e consegui!". É o que diria se perguntassem o porquê de suas notas baixas em matemática sendo uma aluna aparentemente tão dedicada.

Nunca lhe faltara nada. Absolutamente nada. Ela sempre teve (não digo apenas em questão material) tudo o que precisou. Apesar de ser um pouco menos exigente comparando-a com suas amigas um tanto quanto exageradas e extremistas, ela apenas precisara daquilo que realmente usaria. Não gostava de extravagância, muito menos de brilho. Era minimalista em quase todos os aspectos, principalmente na maneira a qual se vestia. Um jeans, uma blusa e um tênis all star era o suficiente: aquilo era confortável e a deixava bem.

Ser sociável é algo que sempre foi. Mas dentro de si havia um eterno vazio, uma eterna procura a algo inalcançável. A felicidade não era porque sempre acreditou que felicidade demais é um veneno. Não procura pela felicidade eterna porque sabe que ela é inexistente. Apesar de que às vezes era o que mais pedira e sonhara... Era o modelo de amiga, o modelo de namorada, o modelo de caráter e inteligência mas dentro de si havia sempre aquele vazio que gritava: eu não tenho serventia alguma.

Isso obviamente acabava com sua relação dentro de casa. Brigara por muitas vezes com sua mãe, as duas eram idênticas. O porquê das brigas, é algo inexplicável. Eram palavras jogadas contra uma planície de impaciência que por vez transformavam-se em avalanches perigosas cheias de palavras mescladas com fogo e maldade. Dóia cada avalanche daquela. Não só de um lado, ambos. Com isso era sentia-se falsa consigo mesma: lá fora, a aluna aparentemente excepcional. Aqui dentro, a filha insatisfeita e incompreensível.

Durante uma época de sua vida, tudo passou a mudar. O minimalismo relacionado à sua maneira de vestir passou a decair-se e ela sentiu que isso a mudara. As amigas continuavam ali, lindas e deslumbrantes: e ela queria fazer parte daquele meio. Mesmo que fosse contra seus limites e regras: ela queria entender o porquê daqueles sorrisos que vira estampados nos rostos delas. Toda aquela alegria, talvez momentanea, a deixara por muitas vezes com um sentimento que evitara ao máximo: inveja. Por mais baixo e mesquinho que seja, ela sentira inveja daquela felicidade. Mesmo que momentanea, ela queria sentir aquilo. Pudera Anna entender um pouco menos das complexidades de sua existência. Pudera ela colocar-se naquele meio. Por mais que tentasse, no final de todas as festas ela chegava em casa e o vazio a contaminava. O lápis de olho deixava com os olhos baixos e fundos, e toda aquela noite sumira diante de seus olhos.

Pela manhã tudo continuara. O café totalmente indispensável era o seu maior aliado. Assim recomeçava-se toda uma rotina. Um ciclo vicioso onde a beleza de ser o que é a orgulhava mesmo se a noite destruisse o seu padrão. Ela queria ser assim e amava toda essa contradição.

Viver os dois lados era sua maior diversão. Afinal, now nothin's gone to waste for sure.

terça-feira, 16 de março de 2010

+ Fragmentos de um sonho.

Preciso definitivamente dormir mais.


Ela sabia que antes daquele gesto acanhado, ele a consumira inteira com o olhar. Fazia questão em mexer os cabelos e mostrar-se tão pouco interessada. O relógio acusava o atraso. Cinco minutos era o suficiente para quebrar todo um clico de rotina. Mas valeria a pena, até então o dito cujo não possuira um nome e ela não inquietaria até descobrir.
Faria então, tudo de forma planejada: seria reciproco a troca de olhares, deixaria cair algo ao lado o que consequentemente os levaria a uma sucessão de fatos óbvios: o agradecimento por ter em mãos o objeto caído acidentalmente, logo a mão vazia estendida para uma apresentação. Tudo monstruosamente e femininamente bolado. Sei que ele entendera o sinal, por isso apanhou o objeto milésimos após o acontecimento.
Voltando à mão vazia estendida: apresentações feitas. O relógio apitava e acusava novamente o atraso, mas não importava. Ainda não conseguira o que queria. Ele fazia questão em não falar o nome. Fora uma apresentação feita a olhares, um oi e um aperto de mão. Ambas suadas e trêmulas.
O convite ao café logo fora feito e obviamente aceito. Ela não parava de olhar ao relógio e ele nos seus olhos. Era tudo estranho: duas pessoas que jamais se viram sentadas em um café sem trocar uma palavra em mais de 10 minutos. Apenas a vontade de estar lá permanecia. Até que a frase sai. A primeiríssima, vinda dele, após as apresentações feitas por olhares:

- Eu tenho sentido você em mim e eu nem ao menos a conheço.

Tudo então se encaixara. O porque da permanência dela ali, sentada, tão pouco preocupada com o horário. Era ele a ânsia que a consumira e a indicava o lugar todos os dias. Algo fora do padrão de qualquer entendimento racional. Entendera então o porquê da sucessão de fatos estranhos ocorridos desde que saíra de casa: o ônibus atrasado, a enorme fila do banco. Antigamente era tudo devidamente cronometrado. E hoje ele quebrara isso.

- Se sou o que tens dentro de ti, por que não me disse seu nome até agora?

Um gole na xícara de café e a resposta:

- Como diria algo que não sei? O que sei é o que lhe disse, cara: eu sinto você comigo, mas não a conheço. Esperava alguma resposta sua.

E novamente o relógio apitara. Meia hora de atraso, estava tudo tão confuso. A rotina quebrada e um maluco em sua frente. Um maluco incrivelmente fascinante. O nome, uma incógnita. O porquê de sua estadia ali, o motivo para sua insistência e, perguntar seu nome.

- Vamos, diga-me! Todos nós temos um nome! Não me venha com frases feitas achando que irá me convencer.. Um nome é tudo o que lhe peço!

Não queria demonstrar-se ansiosa. No seu conceito era sinônimo claro de fraqueza.

-Ora bolas, para quê um nome! Estou aqui a entender o porquê de tê-la em mim e queres um nome? Eu esperava que me dissesse isso!

45 minutos no relógio e ela começou a balançar as pernas. Sinal de ansiedade! Ele percebera, suspirou e disse:

- O que sei é que sou o que faz de você ser o que é.

Ela sentiu todos os seus sentidos àquela hora. Nunca esteve tão viva. Sentido-se assim, disse:

- Mas até agora não sei o seu nome. E como você poderia ser algo que me faz ser o que sou?

Inquieto, ele disse:

- Sou o porquê de sua eterna busca a algo inexistente. A sua inspiração. Perdi-me dentro de você e se tenho nome ou não, já não sei mais.

Ela sentira a garganta seca, e quando deu o primeiro gole no café, viu-se sozinha na mesa. Tremeu-se de ansiedade.

De repente tudo desaparecera e ela estava acordada ali: na sua cama com os lençóis desarrumados e o relógio acusando o atraso. Era um sonho.Olhou para mesinha ao lado e vira a xicara de café, os livros e o trabalho que levara para a casa. Mas não vira ninguém ao lado da cama, o que acusava de vez o sonho. Levantou-se, foi ao banheiro, lavou o rosto e sentia aquela ansiedade novamente.




Seu nome era saudade: o sentimento sem nome, inexistente, misterioso e persistente.

segunda-feira, 15 de março de 2010

+ 15/03

Gritar! Espalhar tamanha empolgação!
Destruir por completo o silêncio
Iluminar de vez as feições.
Sentir, respirar.


Eu realmente vejo você gritar, implorar e desejar por vida.

quarta-feira, 10 de março de 2010

+ 10/03

Já lhe disse o quanto apaixonada sou pelos seus olhos? Ofuscante, profundo e intenso é o seu olhar. Pudera eu entender o porquê de tanto encanto assim. Talvez eles tenham algum segredo para me chamar. Você, assim: tão similar a mim! Aspectos e diferenças tão iguais, uma perfeita contradição de palavras. Um elo de amizade que evouluiu-se em mim.

Estou eu confundindo as coisas ou estamos apenas no fim?

sábado, 6 de março de 2010

+ Myself.

Ela costumava a pensar que mentes eram jogos. Sabia que no meio de tantos sentimentos sempre acabava voltando para o mesmo lugar: a mesma melancolia e a mesma descrição ironizada e contraditória de seu ser. Mesmo assim continuara tentando, aquilo dentro dela não parava de gritar por vida!

Gostava de quebrar o silêncio, iluminar a escuridão de pensamentos alheios, descobrir sentimentos e palavras novas. Procurava nas músicas idéias que iam além de sua capacidade: e sempre conseguia. Não era tao difícil assim, aquela eterna insatisfação sempre a deixava com uma ambição a mais. Algo totalmente insatisfatório. Mas que por si só se satisfazia em ser assim. Aquilo era o que realmente o seu ser precisava e de fato, era.

O amor em sua vida sempre fora o seu maior clichê. Não saber o que era e querer descobrir por completo era a sua maior vontade. Apaixonava-se rapidamente por qualquer boa alma que a confortava: e sempre se perdia no meio daquilo - era algo novo e diferente - nunca pode encontrar estruturas para suportar tal grandiosidade. Mas gostava do sentimento que aquilo a proporcionava, o coração batia mais rápido e as pernas ficavam bambas.


A esperança era o seu ponto forte. Sentir-se esperançosa sempre lhe fazia um bem incomensurável. Sua insaciável insatisfação justificava o porquê de seus atos, o seu ser. Considerava-se a coisa mais bela esculpida, afinal, era o que conhecia, apenas ela entenderia.

Dentro de um ar de melancolia existira sempre um orgulho completo de ser o que é.

quinta-feira, 4 de março de 2010

+ Coffe, coffe.

Pensar que o meu tempo é conometrado por segundos irreversíveis, em um objeto tão insignificante feito por um material totalmente frágil como o relógio, me desespera. Nunca fora tão interessante pensar nisso e sei também que continuar nesse pensamento, é caminhar rumo a loucura.
É como se o meu tempo fosse literalmente limitado. Como se cada segundo perdido fosse um grande erro. Como se cada vez que eu dormisse, eu perdesse um tempo precioso, que poderia proporcionar-me algo a mais. Pensar nesses segundos irreversíveis deixa-me totalmente atordoada.

Pensar, pensar, pensar.
Pensar em você, pensar em mim.
Pensar menos.

Eu não quero perder mais nenhum segundo.



Preciso parar de tomar café.

terça-feira, 2 de março de 2010

+ Algo para ninguém.

Se ontem você já não estava mais aqui, eu não pude perceber.

Aquela velha mania de querer demasiadamente estar em você consumira meu universo de pensamentos.

Ou então eu só queira permanecer em ti.

segunda-feira, 1 de março de 2010

+ Rainy weekend.

De água não podemos mais reclamar.

Esse final de semana foi o mais chuvoso do ano (pelo menos o que pude perceber), e o cheiro de terra molhada invadira minhas narinas de forma extrema.

Sábado e domingo foram dias legais. Recebi a visita de um amigo que hospedou-se na minha casa e da minha querida prima também (já disse o quanto adoro recebe-los?) e mais alguns da cidade. Em dias chuvosos eu permaneço numa inquietação monstra. Acho que é pelo fato de eu não poder sair. Bem, sair eu posso, mas tomar banho de chuva é algo que eu sempre tive que evitar desde nova. Sempre fico resfriada ou algo perto disso.

Continuo com Explosions in the sky e Joy Division. Mas nesse final de semana pude apaixonar-me mais ainda por uma apresentação incrível do Toby Martin (Youth Group) e Sarah Kelly (RedSunBand). Hope Sandoval e Jesus & Mary Chain (influencias fortíssimas para ambos) tem uma apresentação juntos de uma das mais belas canções que conheço entitulada "Sometimes, always". Sarah e Toby fizeram o mesmo (o que foi muito interessante se pensar pelo lado que Hope Sandoval é uma das maiores influencias para Sarah e JAMC o mesmo para o Youth Group) numa apresentação ao Rockwiz na Australia. Um perfeito encontro dos dois que posto aqui agora:


Hope Sandoval e Jesus and Mary Chain
-

Sarah Kelly e Toby Martin




Domingo eu finalmente assisti Control. Estava numa ansiedade enorme em saber um pouco mais sobre o Ian Curtis. A fotografia black&white do filme era incrível, Sam Riley (além de ser muito parecido com o Ian) desempenhou um papel incrível nas performaces das apresentações e nos ataques epiléticos. É uma história cheia de angústia, tudo para ele fora tudo muito rápido, o que o fez (acredito eu) perder-se no meio de tudo isso. Seu estado mental obviamente ajudou muito para então a escolha de sucidiar-se. Bem angustiante. Ainda mais no final quando o filme encerra com a Atmosphere tocando. O café na hora fez um efeito monstro (tomei café durante o filme todo, o que é um perigo, haha).

Segunda-feira batendo aí na porta e eu precisando de menos café e menos post-punk.

Ok, só mais uma xícara.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

+ 19:11

Joy Division, Jesus and Mary Chain, Mazzy Star e The Red Sun Band tem me acompanhado de forma fiel esses dias.

Essa semana foi conturbada. Nos seus intervalos entre dia e noite, não consegui dormir. Acho que ando preocupando-me com coisas fúteis e esquecendo-me das minhas responsabilidades. A vontade de largar tudo pro alto veio com uma força monstra hoje.

Desde o começo do mês eu tenho acompanhado a vida dos meus amigos que agora são universitários. O terceiro ano caiu como uma bomba para mim, e ando meio perdida. Além do horário árduo de estudo, eu tive que me acostumar (o que não quer dizer que eu tenha botado em prática ainda, haha) a minha rotina do mesmo. É complicado mudar uma rotina toda, até o segundo ano eu chegava em casa, lia apenas algumas coisas e dormia a tarde inteira.

Mas além de ter essas preocupações, eu ando empolgada. Toda essa ânsia de terceirão, vestibular, faculdade, tudo isso me anima. A vida de universitário é algo que eu espero com muita ansiedade desde que entrei no ensino médio. Quero muito tudo isso, mas sei que preciso traçar um objetivo e de mais disciplina em cima desse sonho.

Preciso de disciplina.
Essa é a palavra.

Post irrelevante, apenas uma nota de algum lixo mental.
Sem idéia para título, o horário veio a calhar.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

+ Grattis på födelsedagen!

Lembra-se quando lemos essa frase pela primeira vez? Feliz aniversário em sueco "grattis på födelsedagen", rimos da forma que a falamos, dá um sentido legal na nossa língua e só a gente entende.

Eu lembro como se fosse ontem: não sei se era um sábado ou um domingo, mas eu costumava brincar com os guris e gurias embaixo do prédio pela manhã aos finais de semana em Brasília. Vocês tinham chegado, o Tio eu já conhecia de verões passados, sempre o vi como um segundo pai. Você: saiu do carro com um salto tão alto que acreditei que fosse mais alta que eu, mas era só tirar e eu pude ver que não: você era mais velha, porém mais baixa. Isso me deu uma certa alegria, nunca gostei de ser baixinha perto dos outros, hoje sinto-me alta demais, haha.

Sua mãe, seu irmãozinho, lembro-me de como ele correu até dentro de casa falando que estava com sede, estavam todos felizes com a chegada de vocês. Olhastes para todas as pessoas do prédio, falaste com todas crianças e abraçou-as como se já as conhecessem a anos. Mas, aquela menininha com o colar do Garfield escrito "I love you" que ela tinha ganhado de um vizinho que jurava que a amava, você deixou por ultimo.

Essa última menina era eu. Pela primeira vez eu encontrara aquela moça que até então, só a imagem nas fotos eu conhecia. Você sempre foi linda, meiga, uma graça, a carinha do tio. Nenhuma fisionomia sua tem algo similar com a minha, o que é uma pena, queria eu ter uma beleza tão linda assim. Depois de abraçar todas as crianças ao seu redor você me abraçou e alguém falou "Ela é sua prima!". Até então você não me conhecia e não sabia quem era eu, só sabíamos que tinhamos o mesmo sangue correndo pelas veias e isso, eu tenho plena certeza, gritou mais alto quando nos abraçamos.

Eu não sabia que aquele era o início. Sim, o início de dias maravilhosos, de finalmente ter aquele momento família aos domingos (sabes que somos uma família limitada, somos poucos, o resto está longe ou então não se importa) e até mesmo aquelas discussões pequenas durante o mesmo. Pudera eu sentir de novo o que senti quando fomos morar na mesma cidade: mesmo que eu tenha deixado tudo pra trás, amigos, lazer de uma cidade grande, indo para uma cidade pequena fora de qualquer padrão que eu conhecia em relação a uma cidade de verdade até então. Foram momentos maravilhosos,natais, páscoa, aniversários inesquecíveis. E temos isso até hoje, uh?

Hoje você faz 21 anos de idade. Eu, ainda com os meus 17 esperando pela minha maior idade em Agosto. Lembra como a gente esperou muito por isso? Você, com um mundo inteiro para conquistar. Vai começar a faculdade, vai morar perto de mim de novo (ALIÁS, comigo, você vai morar comigo!), vamos poder sair, "festar", ir a lugares que gostamos e conversar. Desabafar quando a outra quiser. Eu senti falta de você estando no mesmo lugar que eu. Sempre te visitei nas férias, mas sinto falta de você aqui na maioria do tempo.

Esse ano é seu. E desejo para você toda a felicidade do mundo, Stella. Assim como espero que você passe por coisas que a faça amadurecer e aprender. Afinal, todos nós precisamos disso, sim?


Grattis på födelsedagen, happy birthday, feliz cumpleaños, palju onne sunnipaevaks!
Parabéns em todas as línguas possíveis.

Amo você, prima.
Aliás, irmã.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

+ Então,

voltei.


Devido alguns problemas particulares eu fiquei sem internet logo depois do Carnaval (o que vocês podem ter uma idéia de que entrei em um desespero profundo sem tê-la, e o tédio consumiu-me de forma monstra e completa [?]) mas estou de volta.
De volta pra quê? Bem, não sei, mas vamos lá, tenho que despejar um pouco desse lixo mental aqui.

Surpreendi-me. Estou definitivamente viciada nesse mundo chamado internet e isso é perigoso. Digamos que vários motivos me levam a isso (descartando a idéia de que não tenho amigos, eu tenho, aliás, sempre tive, mas sempre fui muito fresca também e sentia necessidade de estar afastada deles, mas isso mudou): um deles é, é.. é simplesmente o fato de que sinto-me desconectada com o mundo quando não estou aqui.

Sim, pode parecer exagero, ALIÁS é um exagero, mas criei algumas estruturas nesse meio. Pessoas, alguns lugares que uso para me informar, fora que ficar sem internet é algo totalmetne descartável pois baixo listas de exercícios por aqui. E fica complicado não estar nesse meio também. Maldita, maldita inclusão social (agora de uma forma REAL, eu realmente não queria estar dentro disso mesmo estando e gostando, haha).

Nesses dias eu pude (além de me desesperar olhando pro meu computador sem internet) dormir mais e finalmente reler a Insustentável Leveza do Ser. Li uma vez mas senti a necessidade de ler novamente, algumas coisas não estavam claras para mim. Tô me apaixonando novamente pela história e um pouco mais por filosofia (mas isso não quer dizer que eu queira me aprofundar mais nela, acho que eu enlouqueceria de vez). Continuo lendo sempre durante a noite antes de dormir. Demoro a pegar no sono e sempre procuro um livro para me salvar.

Assisti alguns filmes também, foram inúmeras as vezes que deitei naquele sofá para assistir um filme e acabei dormindo. O último domingo foi assim. Assisti Bastardos Inglórios (A-D-O-R-E-I) e mais algum filme de comédia romântica cujo o nome não me vem a cabeça agora.

Enfim, continuo com o Joy Division no mp3, no quarto, na volta do vôlei e afins.



Nada relevante, post só para avisar que estou viva e que ando preocupada com esse meu vício.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

+ Pleasures of a normal girl.

Acho que estou escutando Joy Division demais. O que é um perigo.

Tenho hoje e amanha de folga do colégio, o que anda me deixando muito preguiçosa e com os pensamentos mais bagunçados do que nunca. Eu preciso estar fazendo sempre algo, do contrário começo a pensar em muita coisa e essas aleatoriedades começam a me frustrar, haha.

Hoje amanheceu chovendo novamente. E do contrário dos dias anteriores, eu acordei pela manhã. Finalmente tomei café (sinto falta disso) organizei algumas coisas no quarto(meus CD's precisavam de algum lugar, eles são importantíssimos e foram difíceis de encontrar, se eu perde-los ou estraga-los eu piro)joguei bastante papel fora e guardei muito também. Acho que guardei mais do que joguei gora. Tem muita coisa naquela sacola de papeis que quero guardar comigo pra sempre.

Eu não sei se já comentei por aqui, mas eu tenho uma grande admiração pelo Craig Nicholls (vocalista do The Vines) e o fato dele ter Sindrome de Asperger o deixa mais interessante. Li uma vez que essa sindrome é diretamente ligada ao autismo. E acredito que isso ao invés de impedi-lo a compor e tocar, é uma força a mais. Pessoas que possuem sindrome de asperger geralmente necessitam de algo mais visual, sem contar que a audição deles é algo super sensível, o que ao invés de limita-lo faz com que tenha uma certa facilidade na composição de suas músicas e trabalho (que está cuspido no álbum Winning Days).

Hoje lembrei-me dele e procurei mais sobre. Li bastante, fiz até um pequeno teste para ver se tenho pelo menos um por cento da sindrome e fiz só 200 pontos. O que obviamente não me caracteriza como uma portadora de Asperger, haha. Mas foi interessante. Gostaria de encontrar uma pessoa portadora dessa sindrome, eu definitivamente aprenderia muito com ela e vice-versa. Acho fascinante qualquer maneira de estar ligado a um mundo diferente do que estamos e acredito que qualquer pessoa que tenha essa capacidade, tenha uma mente muito mais aberta e ampla do que as nossas.

Enfim. Acho que preciso dormir e parar de pensar.
No mais.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

+ A rainy sunday.

Acredito que as pessoas que me conheçam e que eram antigos leitores do meu livejournal saibam que eu adoro o frio.

Diferentemente do calor insuportável do último domingo, esse amanheceu em chuva. Não amanheci com ela, aos domingos o meu dia sempre começa pelo turno da tarde.

Mas o assunto desse post-domingo não é sobre o quanto amo o frio e a chuva (o que já está se tornando um comentário repetitivo e enjoativo nos espaços que tenho na internet, haha) e sim sobre algo que me incomodou. Uma percepção eu diria.

Tornei-me o que mais abominei durante tempos atrás: uma adolescente emburrada, reclamona e insatisfeita. Insatisfeita não é o grande ponto, até mesmo porque por conta de ser assim, é que conquisto a maioria das coisas que quero. O duro é quando essa insatisfação leva a minha frustração diária. E isso ultimamente anda pesando muito.

O que me fez a chegar nisso foi um simples convite de minha mãe para ir ao clube. O carnaval está aí o que nos faz pensar que conseqüentemente o clube estaria lotado de pessoas, toda aquela animação, enfim, algo que eu pelo menos dispenso. E isso não é questão de ser seletiva ou não, é questão de que eu realmente não iria me sentir bem lá. Deveria ser mais sociável, eu realmente deveria. Mas não consigo, não para isso.

Eu gostaria de colaborar um pouco mais nesse ponto com a minha família. Gostaria de estar sempre animada para convites de almoço fora, frustrar-me menos com o cachorro (sério, ele tem um latido insurpotável) e acordar mais cedo para almoçar junto com eles aos domingos. Sei que faço falta nisso. E sei também que não faço por mal, isso não quer dizer que os ame menos.

Esses domingos andam cada vez mais nostalgicos. Será que o próximo pode, por obséquio, ser diferente?

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

+ Quando o assunto é música...

"A música é a mais perfeita expressão da alma!" Não há frase mais certa e que mesmo compacta consiga juntar em uma expressão só, o real significado.

Apesar de que em mim, seja muito mais que expressar simplesmente a alma. Expressa meu corpo, a minha mente, os meus desejos e angústias. Posso dizer com todas as letras que não sei o que seria de mim sem música. Grande parte do que sou hoje, do que penso, vejo, sinto e reflito tem uma grande influência por parte dela. E se eu pudesse mesclar sentimentos em algo tão maravilhoso assim, a música seria o resultado.

Especificar um gênero musical para mim, é definitivamente impossível. Apesar de me identificar bastante com as vertentes do rock n' roll, muita coisa fora desse padrão me agrada também. E acredito que, quem seja amante da música como eu, sabe que independentemente de qual gênero, a partir do momento que te agrada e lhe traz conforto, é o que mais importa. Mesmo que saia do rock n' roll clássico até o mais extremo: se te faz voar ou algo bem perto disso, é o que definitivamente importa.

Ultimamente, bandas instrumentais com uma certa influência do shoegaze (que aliás, é um gênero extremamente interessante) tem feito parte do meu dia-a-dia. Algo bem trabalho, exige sim profissionalismo e autenticidade. Do contrário torna-se um barulho sem fim. Sem contar que arriscar com instrumentos exóticos é essêncial, os efeitos são um dos pré-requisitos. Explosions in the sky, Motek e os suecos do Detektivbyrån estão no topo essa semana. Cada um com a sua autenticidade: saindo do doce e sutil Explosions in the sky, até o exótico e regionalista do Detektivbyrån.

Além desses há vários outros que eu gostaria de comentar aqui, mas tenho que dar uma certa ênfase aos três, eles tem me acompanhado muito essa semana.

Explosions in the sky, First Breath After Coma.
http://www.youtube.com/watch?v=w0o8JCxjjpM

Motek, I'm your son.
http://www.youtube.com/watch?v=IjTs2K04sKw

Detektivbyrån,Om Du Möter Varg.
http://www.youtube.com/watch?v=GRUcDR44XQk

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

+ "Homeless"

Hoje conversando com uma colega de escola (é, agora tenho colegas) acabei chegando em um assunto que já é um dos meus maiores clichês depois de não saber falar sobre o amor e afins.

Depois da minha saída de Brasília rumo ao interior goiano, bastante coisa mudou pra mim. Uma dessas coisas fora a mudança do estereotipo que eu tinha em relação às pessoas das cidades pequenas. Não são "matutas" como diziam-me principalmente no colégio. Algumas são incríveis, humildes, outras por vez são bem bairristas e fazem questão de serem regionalistas e de seguir o que é considerado por aqui "bons costumes. Aprendi a conviver com vários tipos delas, até mesmo as mais insuportáveis possíveis.

Mas, uma das coisas que definitivamente pesaram e mim, e digamos de certa forma que ainda pese, é o fato de eu não ter raízes em nenhum desses lugares que vou. Aquele almoço de família, ou então o primo do primo do namorado da sua prima que mora no mesmo colégio que o seu. Todo mundo se conhece, todo mundo tem alguma ligação com alguém. E confesso que já me senti muito perdida nesse meio.

Isso nunca pesou até então. Digamos que minha família basea-se apenas nos meus tios, alguns primos,mãe e irmãos. Nada mais além disso. Poucas são as outras pessoas que possuem o mesmo sangue que o meu que eu conheça. Acho que de ambas as partes nunca houve um certo interesse. Mas de qualquer forma não pesou tanto. Essa é a visão que tive de família desde pequena, e acho que terei até os últimos dias.

Fora a isso, essas mudanças além de me chatearem nesse ponto, por muitas vezes já me fez sentir perdida também no meu relacionamento com as pessoas. Como já falei e repito: algumas são extremamente interessantes, outras deixam a desejar e acabo frustrando-me com elas. É um exercício de pratica da inteligencia interpessoal bem complicado, ou você aprende a conviver com elas ou você aprende. No final você percebe que acaba precisando delas (como eu acabei percebendo).

Posso dizer que aprendi muito. Bastante. Muita coisa eu tenho certeza que não teria vivido e aprendido se não fossem essas mudanças aleatórias que tenho. Mas outra certeza também, é que eu queria ter uma outra visão em relação a família e não considerar-me uma "homeless".

domingo, 7 de fevereiro de 2010

+ A typical sunday morning.

Manhã.

Meus domingos começam sempre durante depois das 13.00 da tarde. E confesso que eu queria acordar mais cedo, lembro-me que aos domingos em Brasília eu sempre acordava às 7.00 junto com o meu pai. E agora lembrei-me do cheiro do chimarrão dele pela manhã...

Acordei e todos foram para o clube. Não tenho a mesma empolgação de antes, até mesmo porque trajes de banho é algo que eu definitivamente abomino em mim. E nem está tanto calor assim, o céu está nublado e uma bela brisa entra agora pela janela do quarto. Adoro dias assim. Simplesmente adoro.

Ligo a televisão para não sentir-me tão só. Não que isso seja um problema, fico sozinha a maior parte do dia e gosto disso. Só nos dias em que preciso de alguém é que sinto uma vontade extrema de ter a casa lotada de pessoas. Mas, hoje não. Especificamente hoje, não.

Meu café da manhã por incrível que pareça foi pizza e coca-cola. Nada saudável, eu sei. E sei também que quando eu for morar só, essa refeição será algo normal na minha rotina, até mesmo porque pela manhã acordo faminta. Um lanche rápido é o mais apropriado nessa hora.

A boring sunday. Nada acontece, tudo permanece. Toca Anna Ternheim aqui, e eu já disse o quanto adoro a voz dela? Além da Summer Rain ter uma letra incrível...

A segunda-feira se aproxima o que de certa forma me desanima por ter que voltar aquela rotina. Mas me anima por estar fazendo algo e saindo um pouco de casa, esse ano estou passando mais tempo na escola do que em casa como ficava antes. Finalmente, finalmente estou tendo o que pode se chamar de "vida-social", haha.

No mais.
Apenas um domingo.
E eu mal posso esperar pelo próximo.

"When you wake up, what's broken what's not"
(Summer Rain, Anna Ternheim)

sábado, 6 de fevereiro de 2010

+ Quick thoughts.

Estou cansada
Tenho saudades
Queria fugir
Quero sair
Queria ficar
Vamos agora
Não quero fazer lição
Não quero sair
Não estou nem aí
Quero cantar
Quero correr
Quero voar
Me leva?
Te amo
Te odeio
Sai daqui

Sonhei que ela morria.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

+ Pequeno fragmento de uma tarde de 2009.

Textos fictícios, contos, definitivamente não são o meu forte. Mas vasculhando em algumas pastas e documentos, encontrei um texto que fiz (aliás, uma tentativa). Gosto de detalhes, eles me atraem bastante em um texto. E fiz questão de escrever de uma forma bem detalhada. Postarei um fragmento que escrevi numa tarde tediosa de 2009 (não me lembro exato quando). Inspirei-me em um filme sueco chamado En Kärlekhistoria de 1970 (que aliás indico pra caramba!). O texto em si não tem muita ligação com a história, é bem diferente na verdade, mas durante o filme pude observar algumas características em Annika e Pär, então as juntei nessa história que posto aqui agora.


Annika och Pär


"Adorava vê-la dançando. Seu vestido de renda tornava-se uma nuvem de prazer a cada movimento realizado. Encantara-me a forma com que o seu perfil ficava a cada giro que ela dava, seu nariz milimetricamente perfeito furava o vento quando erguia-se o seu pescoço. Fora a forma na qual seus lindos tornozelos se moviam com os laços daquela sandália. Ela sabia que eu gostava dos seus gestos, dos seus cabelos negros, e fazia questão de move-los a cada vez que olhava para o lado e me via.
O modo com que seus lábios se moviam me enlouquecia de tal forma que qualquer estado de êxtase não se igualaria a esse. Único. Provocante. Por trás de toda aquela beleza, sei que se escondia um coração cheio de melancolia. Escrevera vários sonetos em seus cadernos coloridos que levava para a faculdade. Ela cursava literatura (o que seria obvio diante de todas essas características ditas até agora) e sempre a encontrava no caminho para a biblioteca.
Nossas conversas resumiam-se em frases aleatórias. Adorava a forma na qual ela escrevia, Annika me envolvia. Tudo o que ela me dizia eu sempre tentara aproveitar ao máximo. Já perdi a conta de quantas anotações fiz para depois ler e reler. Era um bombardeio de informações. E muitas vezes me perdia. E aí entravam as anotações: para me colocar nos trilhos novamente.
Ela era extremamente misteriosa. Decifra-me ou devoro-te. Se ela era uma esfinge ou não, eu não sei, mas que essa frase cabia no seu conceito, ah isso sim. Andara sempre com muitos livros embaixo do braço e sempre a via na biblioteca na seção ficção cientifica e "romance". Sempre fora muito contraditória e sei que gostava de ser assim. Em um daqueles papeizinhos lembro-me de ter anotado algo como:

"E então, aqui estou eu: a eterna insatisfeita que se satisfaz em ser assim".

É uma das minhas frases preferidas."

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

+ Pessoas que são "pipocas experientes".

"Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser o milho para sempre". Acho que nunca li uma denominação melhor em relação às mudanças pessoais de cada um como essa. Esse texto de Rubem Alves é bem interessante e foi o assunto da nossa redação de hoje no colégio juntamente com o texto "Experimentar tem a ver com aprender. Aprender tem a ver com experimentar" de Alexandre Perlingeiro.
Já disse o quanto gosto dessas propostas? Gosto de relacionar um texto com o outro, ainda mais quando um vira o completemento do outro assunto como esses, que no meu ponto de vista, são.

Mudanças são dolorosas. Acostumar-se com algo totalmente fora do seu padrão de rotina não é uma tarefa fácil, exige auto-controle e disciplina principalmente. No começo é uma tarefa bem árdua, mas mudanças geralmente vem acompanhadas por melhorias. Diria até que é um sinônimo quando elas estão relacionadas diretamente com algo pessoal. Se há mudanças é porque obviamente algo tem de ser mudado, ser melhorado, trabalhado, esculpido melhor dizendo. E sem experiência e força de vontade, ela torna-se sem sentido. É um esforço totalmente desnecessário quando não se tem o complemento correto.
Se vontade é poder então todos temos essa capacidade. Vontade temos, é o que obviamente nos induz as mudanças. Mudanças tem a ver com força de vontade. Força de vontade é diretamente ligada a disciplina. Assim como disciplina é ligada ao aprendizado. Que, logo, é companhado pelo experimento. Aprender tem a ver com experimentar.
Situações constrangedoras, difíceis ou seja lá o grau de gravidade que for, são extremamente necessárias. Existem coisas que só serão sentidas, vividas, aprendidas e percebidas quando passarmos por elas e analisarmos cada ponto positivo e negativo. Do contrário será o mesmo que não ter aprendido nada. O aprendizado no colégio com os livros são importantes mas, você precisa coloca-los em prática, do contrário nunca saberá o verdadeiro sentido do que aprendeu.
Você precisa literalmente colocar a mão na massa, sentir o fogo e aprender o sentido disso. Aprender que você só se torna um ser humano por completo quando aprende que para você ser, de fato, uma pipoca experiente, a vivência, persistência e as mudanças são pontos definitivamente importantíssimos.