domingo, 26 de junho de 2011

01:39

Här är du alltid,
här är du alltid
oavsett vem du är
bara min.

terça-feira, 21 de junho de 2011

01:00

É engraçado pensar no quanto já me sentei nessa mesma cadeira (este mesmo móvel que não mudou nada desde nossa última mudança) para tentar de alguma forma esboçar aquilo o que se passa comigo neste exato momento.

Fazia tempo que deixava de escutar coisas tão melancólicas como as quais estava costumava a escutar dias atrás. Fazia tempo que não tinha um momento só meu, um momento lu, totalmente envolvido a música, aleatoriedades. Sem obrigações. Fazia tempo que não encontrava com alguns amigos e parava só para falar bobeiras e realmente me interessava por isso. Eu vivo um constante e imenso paradoxo que me aprisiona, meus momentos são extremos, incompreensíveis, minha felicidade ou existe ou simplesmente não está ali. Saber lidar com tanta intensidade e saber administrar isso tem sido o meu maior desafio desde que as coisas passaram a estar em um fluxo totalmente diferente.

Eu tenho meus motivos para começar a pensar tudo de agora em diante de uma forma menos dolorosa, de uma forma totalmente contrária daquela que me rodeava, me assombrava, me angustiava.

E só o prazer de poder sentir isso me faz..

Eu sei lá como dizer.

Completamente imensa.

domingo, 19 de junho de 2011

23:27

Boa noite, guria.

Faz tempo que não nos falamos. E sei bem que você não está muito interessada em conversar, eu também sou assim, não nos esqueçamos que surgi de você. Mas, antes das perguntas que tenho a ti, quero lhe contar o que eu tenho feito durante algumas semanas.

Tenho me procurado em cada parte do meu passado. Eu também me perco. Sabe aqueles textos e pequenos fragmentos que eu tinha o costume de escrever sem motivo algum naqueles cadernos que sobravam no final do ano letivo? Então, eu os leio todas as noites antes de dormir. Cada texto daquele me leva diretamente a cada sensação vivida e sentida, e eu me sinto novamente uma pessoa renovada e sortuda por poder sentir tanta coisa bonita assim. Acho que você deveria fazer o mesmo, eu sei muito bem daqueles seus antigos papéis guardados dentro de uma caixa junto com as cartas que você costuma receber. Leia todos eles novamente e não se esqueça de quem você foi. Faço o mesmo e não me sinto tão angustiada assim, sabe?!

Voltando às perguntas, eu quero saber: o que você tem feito desde a última vez que nos vimos? Lembro-me de tê-la visto sentada naquele lugar onde você costumava pegar a bicicleta e fugir todas as vezes que alguma angústia batia em você. Você ainda tem procurado esse refúgio? Ainda sobe naquela bicicleta e foge, corre, como se estivessem te perseguindo ou então como se alguma coisa imensa estivesse pronta para te engolir? Eu sempre gostei de vê-la andar. Você colocava um óculos imenso no rosto para que ninguém soubesse quem era você e não criava nenhuma playlist no seu mp3, deixava todas as suas músicas que foram cuidadosamente selecionadas tocarem randomicamente. Guria, não suma disso.

O que tem feito nos teus estudos? Ainda se maravilha com todas aquelas frases que te dão aquela sensação de liberdade, de poder e realização? Você sempre foi muito empolgada com essas coisas, e confesso que na maioria das vezes eu não entendia uma palavra do que dizia. Acredito que nem você fazia idéia do que estava falando! A única coisa que te deixava bem era saber que por dentro você entendia e sentia aquilo por completo e isso era o suficiente.

O que tem feito para se divertir? Espero que não esteja caindo em qualquer lugar com pessoas que pouco te acrescentam. Não que isso esteja errado. Seletividade é bom até um certo ponto. Mas você sempre me disse que procurava tirar o melhor das pessoas, que adorava estar ao lado delas mas ao mesmo tempo temia e sentia a necessidade de estar sozinha a toda hora. Sempre te vi ali no meio de todo mundo e de repente você arranjava alguma desculpa para sentar em algum lugar isolado, botar o fone de ouvido e começar a escutar tuas musicas. Ainda faz isso?! Acredito que sim. Isso tu nunca vai mudar.


Sabe. Eu tenho pensado muito em você. Talvez porque cada sentimento seu esteja cravado em mim, e cada sensação sua eu sinta duas ou três vezes mais. Eu só quero lhe dizer uma coisa, guria, não se perca. Não se perca mais ainda. Porque sinto que você está indo aos poucos, e eu não quero vê-la partir assim.

terça-feira, 14 de junho de 2011

01:00

Preciso urgentemente que algum tipo de lente tome conta dos meus olhos e me faça ter novamente toda aquela visão de um mundo fofo, cor de rosa e cheio de marshmallows coloridos com uma grande cascata de chocolate. Não gosto de ver como ele é na real. É feio. É cinza e sem graça.

Isso já não me é mais só um querer.
É uma imensa necessidade.

domingo, 12 de junho de 2011

01:38

Eu já pouco me importo quando começarem os dizeres fajutos vindos de más línguas que tampouco sabem. O que guardo dentro do meu coração só me deixa ainda mais distante do que as pessoas chamam de mundo. Assim, já não me encaixo mais em nenhum tipo de caracterização ou estereótipo designado por mentes que estão totalmente fora do meu contexto emocional, do meu social, que não possuem uma ideia sequer do que está dentro de mim, do que me corrói, do que me possa vir a me culpar ou não, do que me faz sentir as melhores e as piores coisas.

Estando completamente fora, só me permito continuar em frente.

Cada dia que passa me distancio de tudo.
Aos poucos me perco dentro desses pequenos intervalos de tempo entre um pensamento e outro.

Where is my mind?