quarta-feira, 7 de abril de 2010

17:17

Eu realmente esperei muito por tudo isso. O vento gelado, as mãos congelando, os pés procurando abrigo entre os cobertores, a garganta acusando uma infecção, a ânsia em tomar café o tempo inteiro para manter o corpo aquecido, os pensamentos fluindo de uma maneira melhor na cabeça (que até então, naquele forno, não poderiam fazer o mesmo), a ânsia em querer mais e mais estar debaixo dos cobertores com apenas um filme ou música. Eu realmente esperei muito pelo frio.

Por diversas vezes já deixei escrito aqui o quanto o frio me agrada e o quanto o calor me estressa. Não consigo pensar direito, a ansiedade aumenta (não que no frio não ocorra o mesmo, ansiedade aliás é algo que vive na maior parte do tempo, esse é o porquê de eu estar agora mesmo tremendo as pernas) e eu mal consigo concentrar-me. Talvez seja psicológico, talvez não. O que sei é que me sinto melhor embaixo dos cobertores, ah e como me sinto.

Acabei de assistir I'm not there (Bob Dylan) e mais uma vez perdi-me em outra história um pouco parecida com a minha. Não que eu seja uma poeta ou então algum tipo de cantora, aliás, já tentei diversas vezes e nunca consegui compor nada além de alguns acordes no violão. The thing is: a contradição e as várias mutações que somos e sofremos de acordo com um certo ponto de nossas vidas. Me perdi em algumas partes, mas em cada uma delas encontrei-me também. É um belo filme, indico para todos. Principalmente no frio embaixo dos cobertores.

Ahh, quase me esqueço: café. Muito, muito café.

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