sábado, 6 de março de 2010

+ Myself.

Ela costumava a pensar que mentes eram jogos. Sabia que no meio de tantos sentimentos sempre acabava voltando para o mesmo lugar: a mesma melancolia e a mesma descrição ironizada e contraditória de seu ser. Mesmo assim continuara tentando, aquilo dentro dela não parava de gritar por vida!

Gostava de quebrar o silêncio, iluminar a escuridão de pensamentos alheios, descobrir sentimentos e palavras novas. Procurava nas músicas idéias que iam além de sua capacidade: e sempre conseguia. Não era tao difícil assim, aquela eterna insatisfação sempre a deixava com uma ambição a mais. Algo totalmente insatisfatório. Mas que por si só se satisfazia em ser assim. Aquilo era o que realmente o seu ser precisava e de fato, era.

O amor em sua vida sempre fora o seu maior clichê. Não saber o que era e querer descobrir por completo era a sua maior vontade. Apaixonava-se rapidamente por qualquer boa alma que a confortava: e sempre se perdia no meio daquilo - era algo novo e diferente - nunca pode encontrar estruturas para suportar tal grandiosidade. Mas gostava do sentimento que aquilo a proporcionava, o coração batia mais rápido e as pernas ficavam bambas.


A esperança era o seu ponto forte. Sentir-se esperançosa sempre lhe fazia um bem incomensurável. Sua insaciável insatisfação justificava o porquê de seus atos, o seu ser. Considerava-se a coisa mais bela esculpida, afinal, era o que conhecia, apenas ela entenderia.

Dentro de um ar de melancolia existira sempre um orgulho completo de ser o que é.

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